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O pós sessão de uma massagem, o “efeito de ressalto”! Um reflexo desagradável, mas felizmente moment


Você sai de uma sessão de Shiatsu e sente-se muito bem. Mas, para algumas pessoas, acontece que, no dia seguinte ou alguns dias mais tarde, alguns sinais algo desagradáveis e inesperados surgem…

Deixe-me lhe explicar o que está a suceder no seu corpo, e assim saberá como reagir convenientemente.

O que lhe acontece nomeai-se de “efeito ressalto (rebond, em francês)”. É um agravamento reaccional transitório que surge um a dois dias após o dia da sessão. Em geral, esse tipo de reacção ocorre nas primeiras sessões e raramente volta a acontecer. Esta fase é surpreendente para a pessoa, pois ela saiu aliviada da sessão e sentia-se muito melhor: daí a sua decepção, ou a sua dúvida, “isto não funciona”, “isto não serviu para nada”, “o terapeuta não se terá enganado?”.

Pois bem, embora seja estranho, esta situação é totalmente normal e, pode se dizer, até esperada!

O “efeito de ressalto (rebond, em francês)” vem do grego resbon. É um termo usado em várias disciplinas: em medicina, em psicologia, como em economia.

Nos cuidados de saúde, esta fase (“phase épileptoïde, em francês”) demora em geral 10 dias, durante os quais tudo é possível. Nessa fase de exagero, por vezes, bastante espectacular, aparecem: fadiga, dor lombar, dores variadas, impressão “de ter sido atropelado”, de “ter passado debaixo de um rolo compressor”, de “ficar todo moido”, etc.

Normalmente, ao 11º dia, acontece o milagre: todos os sintomas amenizam e desaparecem, incluindo o que o levou à sua sessão (dependendo do grau de gravidade da sua patologia, conte com cerca de 5 sessões, em média, repartidas em 6 meses, para sentir melhoras significativas).

Sinais de bom augúrio!

Mesmo que desagradável, este efeito de ressalto é de bom augúrio. Este indica que o organismo reencontra o poder de corrigir os problemas na origem do sintoma. Em geral, tal mostra que se tocou numa causa profunda, se assegura o desaparecimento de um conjunto de sintomas e, ainda, da amenização, ver o não reaparecimento, destes.

Isto claro: a não ser que a pessoa repita os esquemas comportamentais prejudiciais á sua saúde. Um exemplo simples: a insónia é por vezes o resultado de um comportamento inapropriado, como o é o de ficar em frente ao monitor do computador até depois da meia noite. Pode receber um shiatsu por semana, mas se perpetuar esse hábito, arrisca-se a permanecer sempre insone! Toda a gente sabe, hoje em dia, que os monitores jogam sobre o sistema nervoso e impedem o sono de surgir. Este género de caso seria então o indício de um traumatismo emocional inconsciente sobre o qual convirá investigar na sessão seguinte…

A pessoa pode então naturalmente apresentar, após uma boa sessão, sinais de fadiga, dores lombares, dores migrantes (uma vez no joelho, depois na anca, nas lombares, depois tudo desaparece e aparece uma na nuca, etc.). A intensidade é variável e parece depender da cronicidade, dos tecidos envolvidos e da importância do traumatismo na origem de todas essas dores.

Porque razão só aparece depois da sessão?

Em geral, a sessão traz um ganho. A pessoa sente-se aliviada. Algo vem de ser liberto no interior e tal se ressente. Para além do regresso da mobilidade, temos a impressão que “tudo circula novamente”!

O resto do dia, após a sessão, passa-se bem. Acontece mesmo que se exagere um pouco: há quem aproveita o desbloqueio dos ombros, para limpar as cortinas ou aparar as árvores, coisas que tinham dificuldade em realizar antes da sessão.

Recomendação importante: após cada sessão de shiatsu, desaconselha-se de praticar desporto, de jardinar, de pegar em cargas, em suma de realizar esforços corporais, e recomenda-se de ficar no calmo nos 2 dias seguintes á sessão; de se hidratar bem para eliminar as toxinas; de ficar o mais possível nessa “doce energia” e fazer o menor possível, e interiorizar-se…

…mas no dia seguinte, é por vezes a surpresa. O que se sucedeu?

Durante o sono, o corpo entrou numa fase neurológica parasimpática, isto é, ele colocou-se em modo recuperação. As células activam-se para corrigir tudo o que pode o ser, e tal se faz por pequenas inflamações. Se muitas coisas têm de ser reparadas, é evidente que haverá sinais de cansaço, etc. Quanto ás dores, elas são o seguimento lógico dessas inflamações que comprimem e aquecem, e isto tudo não se faz num estado agudo, tudo se passa em surdina: localmente, não se vê nada, mas o organismo trabalha afincadamente em segundo plano.

A César o que é de César!

Na realidade, mesmo se esses sinais são expressivos, em média, nos 10 primeiros dias, as reacções do organismo em 2º plano espalham-se verdadeiramente sobre até 1 mês e meio. No entanto, elas já não são conscientes, isto é, a pessoa não ressente mais os desconfortos!

Algumas pessoas procuram na urgência outro terapeuta para aliviar a situação que eles consideram catastrófica (tal depende evidentemente do nível de angústia de cada um). Devemos saber ser tranquilizadores. Mas se a pessoa se tratar com outro terapeuta (de qualquer ramo que seja) após a sessão, dois casos são possíveis:

- ou a situação se agrava ainda mais (as capacidades de regeneração são novamente solicitadas e volta-se ao ponto de partida) e a pessoa impute tudo o que lhe sucede ao 1º terapeuta;

- ou tal se atenua no momento ou no dia seguinte, e a pessoa crê ter encontrado o seu salvador, aquele que – finalmente - soube encontrar a causa do seu problema. Neste 2º caso, o 1º terapeuta é colocado no mesmo saco e será considerado um incompetente.

No entanto, o que o cliente ignora, é que muitas vezes o 1º terapeuta tocou realmente na verdadeira causa do problema, o que acontece de seguida é simplesmente a fase do “efeito de ressalto”. O mais pequeno cuidado nessa fase acelera a reparação de modo espectacular e o que se atribu ao 2º terapeuta não é mais do que a consequência natural do tratamento do 1º.

Daí se recomendar realizar a sessão seguinte nas 2 a 3 semanas seguintes!

Certo, e agora o que fazer?

A dificuldade é de saber se estamos efectivamente nessa fase de reparação ou não.

Se a reacção for exacerbada, a pessoa é convidada a prevenir o seu terapeuta das reacções pós-sessões para com o fim de se assegurar que se trata efectivamente do “efeito de ressalto”. Deve-se entender que não podemos pedir ao seu corpo de retomar a sua corrida frenética sem um período de repouso que se chama de convalescência!

Desse facto, se após o “efeito de ressalto”, a pessoa não obtém imediatamente o resultado esperado, deve contactar o seu terapeuta para este o ajudar a avaliar a situação.

Desaconselha-se de tomar como primeira actuação os anti-inflamatórios tradicionais. Excepção será para as dores insuportáveis (não devemos sofrer inutilmente). Por deve entender que esses medicamentos reduzem a inflamação, ora a inflamação é a única ferramenta á disposição do corpo para reparar e restabelecer o equilíbrio.

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