O Stress e o Shiatsu: um estudo científico!

Fonte: Associação Suíça de Shiatsu, shiatsuverband.ch

A Associação Suíça de Shiatsu publicou, a 30 de Janeiro de 2019, um artigo no seu blog sobre os resultados cientificamente confirmados da ajuda do Shiatsu em casos de stress. Este estudo foi levado a cabo na Alemanha. Eis a tradução pela Zen Shiatsu do mesmo (encontrará o original em https://shiatsuverband.ch/une-etude-scientifiquement-fondee-le-confirme-le-shiatsu-aide-en-cas-de-stress/?lang=fr&fbclid=IwAR3eKeEHQBCi0bpKAWjtUNfdNXsjMgndXC-w7Ll0JYrGX9sJjrDDkccRO4M). Espero que seja esclarecedor! Boa leitura!

O stress é um perigo para a saúde e afecta a vida social. A Organização Mundial da Saúde (OMS) pede que as causas do stress sejam combatidas. Para tal, são necessários conceitos de saúde interdisciplinares que se inserem numa abordagem terapêutica global tal como é praticado no Shiatsu. Por recurso a um estudo piloto cientificamente fundamentado, uma terapeuta de Shiatsu com experiência demonstrou os efeitos positivos do Shiatsu em caso de stress.

Desde há mais de 15 anos que Claudia Leyh-Dexheimer é terapeuta de Shiatsu na Alemanha. No seu gabinete, ela recebe frequentemente pessoas que sofram de perturbações e de sintomas derivados do excesso de rotinas diárias e do stress em diferentes domínios das suas vidas. Neste contexto, ela pode observar por diversas e repetidas vezes como os sintomas do stress físico, psíquico e emocional da sua clientela puderam ser aliviados graças ao Shiatsu.

Se bem que nos nossos dias os tratamentos terapêuticos complementares não cessam de obter uma cada vez maior aceitação e reconhecimento, e que existem muitos estudos interessantes sobre o assunto do Shiatsu, estes nem sempre correspondem a critérios científicos. Para com o fim de aumentar a visibilidade deste método de terapia complementar [permita-me acrescentar fora deste texto, a minha opinião pessoal de que tudo o que envolve as massagens não deveria ser considerado como complementar mas como “primário” ou "básico”, pois sempre que vimos alguém a precisar de cuidados a primeira reacção é estender a mão e tocar!], Claudia Leyh-Dexheimer escolheu apoiar o seu trabalho de bacharelato - dos seus recentemente concluídos estudos na Universidade Steinbeis de Berlim, no Instituto para Métodos Complementares – sobre um estudo piloto que fosse utilizável e susceptível de ser citado pelos interessados da ciência.

A ocitocina (ou oxitocinona) como parâmetro de medida

Neste estudo recentemente publicado, a Claudia Leyh-Dexheimer examina a influência do Shiatsu e o seu toque específico sobre a gestão do stress. Um artigo especializado de Kerstin Uvnäs-Moberg que examine o efeito do “gentle skin contact” sobre a secreção de hormona ocitocina, também denominada “hormona da ternura”, forneceu a base ao seu estudo. Apoiando-se sobre a tese deste artigo, Claudia Leyh-Dexheimer utilizou a hormona ocitocina como parâmetro de medida e dispôs assim de um parâmetro laboratorial para avaliação do seu estudo.

Resultados promissores

24 sujeitos com idades compreendidas entre os 26 e os 62 anos participaram neste estudo. 21 mulheres e 3 homens, todos activos profissionalmente. 5 tratamentos de Shiatsu foram realizados, cujo efeito foi examinado pela medição da taxa de ocitocina na saliva e pela ajuda do questionário Burnout-Screening Skala II (Boss II). Os resultados foram muito positivos ou significativos, cientificamente falando. Assim, a taxa de ocitocina aumentou em média 11% aquando do 1º tratamento e a avaliação do questionário BOSS II demonstrou um efeito positivo significativo no que diz respeito a perceção do stress por parte dos sujeitos após o 1º tratamento. Após 5 tratamentos, uma clara melhora da perceção do stress pode ser demonstrada.

Resumindo, podemos constatar que:

- o Shiatsu tem uma influência positiva sobre a gestão do stress.

- aquando de um esgotamento marcado e/ou prolongado, serão necessárias várias sessões.

- Após 2 a 3 tratamentos, as sessões podem ser espaçadas sem que o efeito positiva seja perdido.

- Numa situação de stress temporário, o Shiatsu pode também servir como medida “ad hoc”, pois um tratamento mostra ter só por si um efeito positivo temporário.

O estudo foi publicado sob forma de livro na edição GRIN (nº isbn 9783668784895) e foi arquivada na biblioteca nacional alemã. A versão curta deste estudo está disponível em alemão e em inglês, o estudo completo apenas em alemão.

Link disponíveis no site supra citado para obter os estudos (versão curta e longa).

“Etude pilote : Le Shiatsu a-t-il une influence positive sur la gestion du stress ?”

Bibliografia Wilkinson, Richard (2004): Les déterminants sociaux de la santé. Les faits. 2ème éd. Copenhague : OMS, bureau régional pour l’Europe (la santé urbaine au 21ème siècle).

Uvnäs-Moberg, Kerstin; Petersson, Maria (2011) : Role of oxytocin and oxytocinrelated effects in manual therapies. Dans : Hollis H. King, Michael M. Patterson et Wilfrid Jänig (éd.) : The science and clinical application of manual therapy. Edinburgh, New York : Elsevier, p. 147 à 161.